Sunday 27 May 2007

Takao-san

O Monte Takao esta a dois passos de Tokyo e representa um pouco da imagem que um ocidental tem do Japao.



















As portas de Toquio mas longe de toda a agitacao este e um destino para mais uma escapadinha 'Va para fora ca dentro'.
A sensacao e um pouco como sair da confusao da segunda circular em Lisboa e rumar a Serra de Sintra :o)
Um passeio bonito e refrescante se nos sentirmos demasiado aglutinados pelo ambiente por vezes 'claustrofobico' da grande cidade.
Como se nao fosse razao suficiente, encontramos alguns registos que nos ligam a historia do Japao - Um Templo, estatuas, registos do passado ou simplesmente patrimonio paisagistico impressionante.
Ha muito que podem ler e pesquisar acerca do Taka0-san... deixo-vos um dos links que vos podem dar outro tipo de enquadramento que nao o que procuro descrever - http://www.jref.com/practical/takaosan.shtml

Sem ser demasiado exigente, a escalada deste monte deve ser acompanhada de muita agua naturalmente e botas apropriadas.
Ainda assim, para alcancar os curtos 600m de altura, demoramos algum tempo a percorrer os poucos kms que circulam o monte ate alcancar o seu topo.
O percurso para o topo faz-nos ainda passar por uma 'cidade' muito especial. Trata-se de um habitat especial de macacos que habitam nesta zona.

Esta colonia esta devidamente controlada e segura, sendo mantida, gerida e explorada comercialmente pelos tratadores deste pequeno parque.

Para quem e apreciador de macacadas, sempre pode passar uns bons 20' a ver um espectaculo cujas estrelas sao eles... os ditos. Andam por escadas de madeira, cordas estendidas entre arvores e executam numeros acrobaticos quando solicitados pelo tratador.







Continuando o percurso, passamos por algumas marcas do passado.

Felizmente que alguns dos amigos que me acompanhavam nesta escalada ja dominam o suficiente da lingua para interpretar algum destes escritos em madeira ou pedra.





































Conquistamos o Monte Takao. No cimo, temos a estranha sensacao que o que nos move afinal nao e chegar ao ponto de destino e sim o modo como fazemos o percurso.















Se este motivo vos parecer demasiado filosofico (nao quero desapontar os adeptos de boa ficcao e aventura), ao alcancarmos o topo observamos que a nossa frente ha um outro monte para escalar e outro em seguida.


















Sim. O objectivo de outro dia sera o Fuji-san.















A descida e feita pela lado oposto onde iniciamos a aventura. E mais rapida sem duvida e com risco maior de queda dado o caminho sinuoso e cheio de pedras como obstaculos. De novo somos surpreendidos com pequenos espacos de culto e de meditacao.

Chegados ao 'acampamento base' o objectivo agora e - COMIDA.

De novo, valha-nos a experiencia e anos de sobrevivencia de um dos elementos do grupo no Japao, para saber-nos indicar um restaurante do mais tipico que podemos rebuscar no nosso imaginario.


Trata-se um restaurante perdido no meio de uma Serra perto do Takao-san. Um restaurante rodeado de lagos com muito peixe a aguardar o seu destino pacientemente.
Tochas iluminam os caminhos que dirigem os visitantes ate a uma das cabanas que sera o local para a refeicao tipica .
Sake destilado pelos proprios proprietarios e um cenario de pura magia, onde nada falta, nem mesmo o servico tradicional.
Devidamente vestidas a rigor com os Kimonos que bem conhecemos, as anfitrias acompanham-nos ate a nossa cabana.
Claro que os sapatos ficam ca fora, sendo que esse ja e um habito que adquiri em alguns espacos de restauracao e, naturalmente em casa, onde ninguem entra do seu apartamento munido da mesma sola que circula no exterior.
Deliciados pelas diversas iguarias Japonesas - quentes e frias - (nao confundir com as castanhas quentes e boas), damos por encerrado o repasto.

A saida somos contemplados com um cenario calmamante inquietante pelas sombras que a pouca luminosidade das chamas nao consegue encontrar.



















Uma noite de historia e passado como conhecemos pelo cinema.




1 comment:

W. V. D. said...

e eu a pensar que estavas aí para trabalhar.
A taça é nossa